6/30/2007

BEIRA DA POESIA


O próximo final de semana em Floriano será palco de inúmeras atividades sócio - culturais, dentro do contexto das comemorações dos DEZ ANOS DO CENTENÁRIO e da festa de aniversário da Princesa, dia 08.

Calculamos e fazemos projeções de que essa iniciativa fortalecerá a auto - estima de nossa comunidade, atualmente atravessando algumas crises, mas que serão superadas com essa nova investida na cultura da princesa.

Achamos que tudo isso vai dar o que falar. Estamos todos para o que der e vier. Precisamos, apenas do apoio e do incentivo de todos, do comparecimento da população, para mostrar que a nossa terra ainda está viva para o futuro.

Foto: Agamenon Pedrosa

6/29/2007

CAMPO DOS ARTISTAS


O velho e saudoso Campo dos Artistas, hoje, encontra-se totalmente abandonado e descaracterizado, mas sobrou, pelo menos, o velho cajueiro, que servia de ponto de encontro dos bastidores dos antigos torneios amadores, momento lírico na década de sessenta.

Seria importante, se pudéssemos ter tomado as iniciativas necessárias, no tempo certo, e termos recuperado aquela bela ala futebolística, no sentido de promover eventos esportivos para a nossa juventude.

Eu me lembro, ainda, de ter pratipado da educação física, ali, com o Sargento Geraldo e professor Abdoral, que mostravam serviço e disciplina para com os mucurebas. Havia, depois, as peladas e os jogos, que nos daixavam vaidosos com as belas jogadas e jogos emocionantes que ali foram disputados.

Certamente, que as coisas hoje estão mudadas em nossa terra, mas é preciso estarmos atentos com essas mudanças, para que Floriano possa estar sempre em nossos corações.

RUA PADRE UCHOA


As nossas ruas sempre tiveram um brilho místico, que geralmente marca a nossa trajetória de vida. Esses lugares nos deixam paralisados em pensamentos, buscando uma certa paz interior.

Hoje, apenas o asfalto quente nos tira essa poesia e a pureza dessas paisagens, que precisam dar frutos ao progresso. Nossas emoções certamente que serão suportadas em nossas gargantas entaladas pelo choro espontâneo que carregamos.

Precisamos preservar esses momentos, guardar nos baús das lembranças aquelas marcas que um dia foram gravadas na memória daqueles que por ali corriam feito doidos nas brincadeiras da infância.

Os oitizeiros são o testemunho puro de nossas traquinices vividas por entre ruas e becos no balacondê e nos tiros dos caubóis das brincadeiras de quemente que os mocinhos construíam na pura imitação dos sonhos eternizantes.

MUDANÇAS



Chegar ao cais do porto é maravilhoso, aconchegante, é místico. Depois de tanto tempo, de repente, observamos que estamos de volta ao aconchego. O filme vai passando e vamos lembrando dos tempos de outrora.

As mudanças estão sempre acontecendo, certamente. Floriano é uma nova cidade, mas que não esquecemos jamais de sua meninice. A Princesa entra nos seus cento e dez aninhos nos proporcionando uma idéia nova de vanguarda, mostrando um caminho novo e expectativa de dias melhores.

Estamos começando a limpar a cidade. O nosso ar está vindo novamente com um oxigênio puro e outras feras e novas lideranças começam a despontar na velha torre. A Maria Bonita é um trunfo ímpar e o Flutuante mantém a sua tradição.

Vamos edificar, portanto, uma nova etapa e contrução de vida. Esses ( re ) encontros poderão, talvez, serem saudosistas, mas que se consituem numa nova filosofia de vida para quem quer viver feliz e traduzir à comunidade local uma mensagem de otimismo e esperança para todos nós.

É um novo tempo. Quem viver, verá!

Foto: Agamenon Pedrosa

6/28/2007

ESCOLA NORMAL


ESCOLA NORMAL

Por: Seu Nelson Oliveira

1929 foi um ano excepcional para educação em Floriano. Além do Grupo Escolar Agrônomo Parentes, foi fundado o Liceu Municipal Florianense, e, anexo a ele, a Escola Normal Municipal de Floriano. Estabelecimentos que a cidade deve a uma plêiade (grupo) de homens de escol (nata, fina flor) entre os quais Dr. Osvaldo da Costa e Silva, Dr. Theodoro Ferreira Sobral, Dr. José Messias Cavalcante, com o apoio do deputado estadual, Dr. José Pires de Lima Rebelo.

A época caracterizava-se por um extremo elitismo na educação que se traduzia principalmente no excesso de cautelas e exigências com que as autoridades procuravam cercar a instalação de escolas. E o LICEU não pôde ter vida longa. Em 1932, após frustração e desastres, como bem expressa o Dr. Osvaldo da Costa e Silva, em uma entrevista concedida a revista “ZODÍACO” dos alunos do Ginásio Demóstenes Avelino de Teresina, encerrou suas atividades.

O pretexto para o fechamento compulsório foi à deficiência do gabinete de física e química. Esse gabinete deficiente para os técnicos do Ministério da Educação e Saúde eu conheci.

Ocupava toda uma sala. E comparando-se com os laboratórios dos estabelecimentos de hoje, que os possuem, era sem dúvida riquíssimo.
Mas fechado o LICEU, a Escola Normal continuou. E foi por muitos anos o único estabelecimento de ensino pós primário com que puderam contar os jovens florianenses que desejavam continuar seus estudos e não tinham recursos para estudar fora.
ESCOLA NORMAL DE FLORIANO – 1937

1ª Fila sentados (Esquerda para a Direita): João Francisco Dantas (Professor), Alzira Coelho Marques (Professora), Fernando Marques (Professor), Não recordo o nome, Antonio Veras De Holanda (Fiscal do Governo), Hercilia Barros Camargo (Diretora), João Rodrigues Vieira (Professor), Ricardina (Professora), Albino Leão da Fonseca (Professor),Emid Vieira da Rocha (Secretária);

2ª Fila: Ana Magalhães Gomes (Inspetora de Alunos), Américo de Castro Matos, José Vilarinho Messias, Djalma Silva (como aluno), Não recordo o nome, Ida Frejat, Maria do Carmo Alves, Adaíla Carnib, Zuleica Santana, Aldenora da Silva Correia, Horácio Vieira Rocha, Antonio Alves da Rocha, Jose de Araujo Costa, Nely Paiva (Inspetora de Alunos);

3ª Fila: Maria Adélia Waquim, Clarice Fonseca, Iete Freitas, Não recordo o nome, Hilda Carvalho, Maria Amelia Martins, Lenir de Araujo Costa, Zizi Neiva, Maria do Carmo Castelo, Assibe Bucar, Dayse Sobral, Francisca, Lucinda Vilarinho Messias;

4ª Fila: Não recordo o nome, Maria da Penha Sá, Não recordo o nome, Maria Constancia de Freitas, Não recordo o nome, Não recordo o nome, Maria Henriqueta Franco, Judith Martins, Maria do Carmo Ramos,, Maria Miranda, Zélia Martins de Araujo Costa, Maria Lilita Vieira, Nilza Araújo, Antonieta Martins, Ecléia Frejat. - Acervo do Profº Djalma Silva).

Escola voltada para a formação de professores primários, isolada, sem qualquer vínculo com o curso superior ou mesmo com o curso secundário. Quem a cursasse e no decorrer do curso pretendesse passar para uma escola secundária a única que dava acesso ao curso superior, tinha de fazer exame de admissão e entrar na primeira série.

Alem disso, escola incompleta. Dos 5 anos que constituiu o curso normal propriamente dito, ministrava as 3 primeiras séries, devendo aqueles que quisessem diplomar-se, ir para Teresina.

Cursei a Escola Normal Municipal de Floriano de 1934 a 1937, e a ela sumamente grato por me ter possibilitado continuar meus estudos há dois anos interrompidos por falta de recursos para ir estudar em outras praças, e por ter me proporcionado o encontro com uma profissão que tem sido a razão de ser da minha vida.

Primeiro fazia-se um curso propedêutico (preliminar) de dois anos, anexos a escola – o Curso de Adaptação. Este curso eu a fiz de 1934 para 1935, minha classe era mais menos numerosa. A maioria mulheres. Entre colegas recordo-me: Maria da Costa Ramos (1), Judith Martins, Zuleide Santana, Hildinê Silva, Helena Reis, Assibe Bucar (2), Amália Nunes (3), Maria Lilita Vieira, Maria da Penha Sá, Olavo Freitas, Heli Rodrigues, Horácio Vieira da Rocha, Américo de Castro Matos, Milton Chaves (4), Raimundo Noleto e Joaquim Lustosa (5).

Na vigilância estava Dona Carmosina Batista, muito dedicada mas fiel cumpridora das ordens emanadas da direção da Escola. Nos intervalos das aulas os alunos tendiam conversar descontraidamente. Dona Carmosina Batista, bradava: - Silêncio! E se alguém se excedia nas atitudes ela ameaçava!

- vou dar parte ao diretor!

E dava mesmo. E o denunciado podia, conforme a falta, pegar uma simples repreensão ou logo uma suspensão.

Eu, não obstante pacato, fui denunciado duas vezes. Na primeira o diretor me repreendeu e advertiu:

- Não faça outra.

Mas acabei fazendo. Em acordo com Olavo Melo e Milton Chaves. Não me lembro o que fizemos.

Sei que não foi coisa grave. Porém como éramos reincidentes ou já tínhamos sido repreendidos, pegamos 3 dias úteis de suspensão.
Dos professores que recordo: Dr. Manoel Sobral Neto (6) também diretor, que lecionava francês; Dr. Rodrigues Vieira, que lecionava Geografia; Alceu do Amarante Brandão, que lecionava português; Dalva Nascimento que lecionava aritmética e parece-me que ciência.

O curso de Adaptação era previsto para dois anos. No fim do primeiro foi nos facultado aproveitar o período de férias para fazer as disciplinas do segundo ano. De sorte que em 1935 os aprovados puderam matricular-se no 1º ano do curso normal.

NOTAS IMPORTANTES:

1. Filha do Sr. Ramos da Farmácia Sobral;
2. Irmã do Sr. Arudá Bucar;
3. Funcionária dos Correios parenta do Senador Helvídio Nunes, de Picos;
4. Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, irmão da Dona Nazinha, esposa do Sr. José Cronemberger dos Reis e consequentemente tio de Antonio Reis Neto, Airton Arrais Cronemberger, Antonio José e Paulo;
5. Deputado Federal pelo Piauí, esposo em segunda núpcias, da Doutora Afonsina Nogueira;
6. Fundador do Instituto Santa Teresinha que depois passou denominar-se Ginásio Santa Teresinha, e também seu diretor por mais de 40 anos.

Transcrito do Jornal de Floriano Edição nº 324 de 1985

Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.

Fotos: A rquivos Prof. Djalma Silva - 1929

ORLANDO E OS IGUAIS


Faleceu, recentemente, em Floriano, o famoso cantor do antigo conjunto OS IGUAIS, o nosso amigo Orlando Peixoto ( cantava por amor e vocação ), conhecido, nos anos setenta e oitenta como uma das vozes mais importantes daquelas antigas tertúlias.

Era um garoto, que como eu, amava os Beatles, os Rollings Stones e, também, OS IGUAIS, que eram formados pelos músicos Aroldo ( no piston ), Cancão ( sax ), Orlando ( cantor ), Neno e Airton ( bateria ), Toinho ( órgão ), Carraspana ( baixo ) e Mascarenhas ( na guitarra ) e que, maravilhosamente, revolucionaram aqueles anos românticos.

O tempo vai passando e de repente estamos percebendo que a velha guarda está partindo para o outro lado ( antes do combinado ); portanto, seria de suma importância incentivarmos os novos talentos na música, nas artes plásticas, na fotografia, no esporte e na literatura. Floriano precisa reinar novamente – ACORDAR PARA O FUTURO, que já chegou, sorrateiramente, certo?

...

Foto: www.noticiasdefloriano.com.br

6/27/2007

DO JUMENTO AO PARLAMENTO


Episódios, aventuras,atos e fatos vividos pelo autor Raimundo Floriano que, de almocreve traquejador de jegues, no sertão sul - maranhense, virou homem da caneta no Congresso Nacional.

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Muitos vão ler crônicas – que ele prefere chamar de episódios, romances, casos – tomados da curiosidade de revisitar, de rever, de recordar, de conferir, como personagens reais: são eles senadores, deputados, companheiros, camaradas, colegas, familiares, amigos, enfim, os que de algum modo participaram da trama, se assim podemos chamar o enredo da vida.

Goiano Braga Horta, escritor

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Este livro é alegre, recheado de bons fluidos. Não comporta o negativismo e a depressão. Quem espera encontrar nestas páginas histórias escabrosas, aleivosias, baixaria e cacetadas em parlamentares e funcionários do Poder Legislativo, perde tempo. Disso já se ocupa, diariamente, a mídia, principalmente a TV, com seus noticiários sensacionalistas e suas apelativas novelas. Mas é bom que se saiba: um camarada que foi tangerino, sargento do Exército, funcionário do Parlamento Brasileiro, contabilista, guia turístico, corretor de seguros, mestre de banda, diretor de bloco de sujo, pagodeiro, artista circense, e muito mais, só pode ter um apreciável acervo de experiências a nos transmitir.

Alvinho – compositor da ARUC e cidadão – Samba de Brasília

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O livro acima ( foto ) estará disponível no Museu de Teodoro Sobral e na Biblioteca Municipal de Floriano em breve

CINE NATAL - DECADA DE 50


Os anos cinqüenta em Floriano foram assim de uma efervescência épica do ponto de vista cultural, social e intelectual. A amplificadora florianense, naquele tempo, comandada pelo nosso agitador cultural Defala Attem, fora um dos ícones dessa revolução que acontecia na cidade.

Vieram, portanto, os espetáculos e o Cine Natal ( foto ) fora, necessariamente, um ponto de encontro significativo no contexto social daquela fase romântica. A presença de figuras ilustres era indispensável naquele momento e Floriano expressava emoções, alegria e, evidentemente, uma certa vaidade.

Esse apogeu fora revolucionário e podemos admitir que aqueles acontecimentos ficaram registrados na memória daqueles que viveram tudo aquilo. Precisamos criar, dessa forma, uma demanda com a velha guarda, apanhar esses depoimentos que ainda devem estar vivos por aí e colocá-los na pauta do dia. Precisamos registrar essas emoções que ainda restam, para o bem da história da Princesa.

6/26/2007

FLORIANO - 100 ANOS ( REPRISE )

UMA HOMENAGEM AOS 100 ANOS DE FLORIANO”

* Por: Francisco Sobrinho Amorim de Araújo

“REPRISE”

Floriano, princesa querida, deixa que busque o teu passado, para reviver um pouco da tua gente, da tua cultura e do teu solo, nos 100 anos de tua existência e nos meus 50 anos de vida. Floriano, cidade progresso do meu Piauí, cidade colônia dos meus avós. Salve... Salve... Foi precisamente no dia 2 de março de 1947, que cheguei ao nosso mundo, alí na Avenida Eurípedes de Aguiar, próximo do hospital e lá vivi a minha infância e adolescência. A tua lembrança é permanente, meu amor por ti é eterno, pois Deus permitiu que ainda adolescente, enterrasse o meu umbigo, lá no Ban­deira-518, hoje Avenida Bucar Neto.

Floriano, sei que muitas coisas boas desapareceram em nome do progresso, mas pode ser que o espírito de preservação desperte na tua juventude, pois a cultura de um povo nobre como o teu não pode ser desprezada, principalmente tuas riquezas naturais. O mundo hoje se preocupa com o desenvolvimento, mas não devemos esquecer, que o desenvolvimento seguro, é o economicamente sustentável e ecologica­mente preservado.

Cadê o teu folclore... Vejamos: O “Reisado do Miguel”; o “Bumba Meu Boi”, do curral; as “Rodas de São Gonçalo, de São Benedito e do Rei Congo” , do Catumbí ; as “Pastorinhas” , de Sádonna e de Rosa de Tia Bela, lá do campo do Artista; o “Bumba Meu Boi”, do Luiz Tê - Tê -Tê, lá da cancela; E os teus festejos de: “São Pedro D`Alcantara”, com suas barraquinhas ; do “Tabuleiro do Mato”; de “Nossa Senhora da Guia”; de “São João Batista”, lá no Morro da Cruz comandados por minha querida Mãe Noemi; das “Festas de 1º de Maio”, onde as caravanas de Operários/Artistas vinham de Oeiras para participar das tuas festividades solidificando uma união entre os POVOS FLORIANENSES/OEIRENSES, que perduram até hoje, lembro-me das caravanas, comandadas por Raimundinho de Zefinha ( 90 anos e no batente ) , Srs. João Matos, Cícero Cego, Lucí e Teresa Guarda, Dona e Maria Eva, Josefa Crioula, Arlindo Carneiro, Neusa Rêgo e os irmãos: Silvério, Dico e Cabeceira, e muito outros, era tudo muito bonito, os operários de Floriano hospedava-os em suas residências e eram retribuídos, quando iam participar de festividades em Oeiras, lembro-me de Srs. como Tuna e Anísio Cansanção, Luiz Pinto, Jaime Lima, Zezinho Rocha, Vicente Kangurí, Zé Luiz, Zé Borges, as irmãs: Aneci, Cecilia e Maria Dias e ou­tros, que recebiam as caravanas de Oeiras.

E as tuas belezas naturais, Hein! Floriano. Recordo-me do: Riacho da Onça, com seus “olhos d`agua”, no seu percurso urbano e com suas águas caudalosas, em dia de enxurradas; do Riacho Irapuá; do Riacho de Vereda Grande, com seus escorregas - bundas e as lavadeiras em suas margens: do Açude Mário Bezerra; do Olho D’água e do Açude do Bom Lugar; do Riacho Itaueira; do Rio Parnaíba com seus famosos Piaus e suas lindas coroas, no mês de julho, propiciando os banhos , no caís, no bosque, no curtume e as pescarias, como era lindo vê as margens do Velho Monge, com suas Balsas de Talo de Coco e de Buriti, carregadas de Frutas e os Vapores ( barcos ) dos Srs. Afonso Nogueira e Maia, apitando.......Ali do cai N´água até o caís.

Que saudades!.....Do Escurador, da Pedra de Mesa e do Binga, Alí no Catumbí. Ah! Floriano... Recordar é viver, deixa que viva os teus 100 anos, recordando-te: E as Quintas de Caju do Padre Pedro e do Sr. Tiago Roque; do Campo do Artista; do Campinho do Sr. João Justino; da Praça do Cruzeiro, com suas Barraquinhas; da Areia Branca da Manguinha, onde o Zinidor Chicão, armava-se com um porrete ( jucá ) e dava seus esturros, enfrentava quem se atrevesse a incomoda-lo e não abria para meia dúzia de soldados da Polícia, era o Rei; das matas nativas da Sambaíba, onde imperava, as frutícolas, Maria Prêta, Muricí e Grão de Galo; E as paqueras na praça Sebastião Martins; dos Cines: Natal e Itapoan, e seus filmes com Durango Kidd, Randolf Scott, Errol Flyn, Tarzan, Zorro, Jonh Wayne, Audie Murphy e outros ; dos Bares: Bento Leão com suas sinucas e cassino, do Café Ideal, da Cubana, do Sertã, Quiosque Rosa de Ouro, do Bar do Bio, etc.

Permita-me recordar a tua gente, esta gente, que de alguma forma contribuiu para o teu des­envolvimento e faz a tua história nos 100 anos. Lembro-me do Dr. Raiz, com suas raízes milagrosas; das presepadas do BRIANTELO; das trombadas do JOÃO N’AMBU ; das doidices do NÊGO CAFÉ ; dos xingamentos da MARIA PIRANHA ; da performance do TARONE, com sua bicicleta e suas vestimentas; das brigas de NÊGO PIO; das mulheres do LAGEIRO ; dos cabarés: Maria Amélia, Ditosa, Constancia, Ping-Pong, Quitandinha, Pau não cessa ; do dia do Estudante ; do Guaraná e Vinho Moscatel do SR. ARTHUR ANDRADE e o seu Jeep Inglês ; da Fubica do CHICO REIS. Quem não se lembra : dos bolos e cocadas de D. LUÍZA BOLEIRA, de D. RITA do ZÉ BORGES, de D. CHIQUINHA e D. MADALENA, lá do Bandeira ; dos Pirulitos do Sr. JOAQUIM ; das Rapaduras do Sr. ANTONIO CEARENSE ; do CHÁ-DE-BURRO, lá no mercado velho ; do cuscuz de D. Emília (feito na hora ); do sanfoneiro DÃO JOÃO, dos poetas Samuel e Rafael ; das missas de 5:00hs celebrada pelo Padre Pedro; do Coral de D. Filó Soares; dos educadores : Neném Preá, Sr. Firmino e Sr. Luizinho ; do carnavalesco Antônio Sobrinho; do Ferroviário e Comercio Esporte Clube ; do Antônio Velho, o coveiro da cidade , dos Enfermeiros: Damião, Melquíades, Anísio, Germina, Edína e Antônio II ( este ajudava médico a operar ) ; da D. Mundica da farmácia ; dos Farmacêuticos: Dr. Amílcar Sobral, Dr. Rocha e Abílio Coelho; dos Médicos: Dr. Sebastião Martins. Dr. Tibério Nunes, Dr. Cícero Rocha, Dr. Humberto Demes, Dr. Adelmar Pereira, Dr.Ariosto Martins, Dr. Osvaldo Costa e Silva; Recordo-me dos grandes Alfaiates, os artistas da régua, do compasso e do esquadro, que souberam vestir o Florianense, por muitas décadas, são eles: Zezinho Rocha, Vicente Kangurí ( meu inesquecível pai ) , Zé Luiz, Lulu, Motinha, Luizinho e outros; os Barbeiros: Zé Venancio, Zé de Candinha, Sr. Vila, Simeão e João Barbeiro; do pai Lulu, lá do via azul; do Juiz Carlos Ferraz com sua conduta inabalável; e o Povo Sírio, que tí abraçou como a 2º Pátria, fez, faz e muito fará pelo teu progresso: Srs. Salomão Mazuad, Salomão Barguil, Michel Demes, Calisto Lobo, Milad Kalume, Elias Oka, Pedro Attem, Aruda Bucar, Fauzer Bucar, Alfredo Gaze, Zarur, Jan Waquim, Hassan, Mazuad, Cabo Salim, Mifler, Brarrim, Bucar Amado, Carlos Bucar, Jamil, Pedro Attem Filho, Defala Attem, João Alfredo Gaze, João Lobo, Calisto Lobo Filho e muitos outros.

Recordo ainda das: Tertúlias do Floriano Club; das Retretas da Banda do Mestre Eugênio(e o som do trombone do mestre Ambrósio, clarinete do Edgar Pereira e o pistom do João Paulo); da Moral do Major Carlindo ; dos carnavais de Lourival Xavier, fiscal do Banco do Brasil ; das valentias e das “Histórias” do meu amigo Antônio José Cara-Ôlho; do senhor Luis Ourives; do Sr. Abdias Pereira com sua Padaria Recife ; da voz empolgante do Defala Attem, com sua Amplificadora de Floriano, das crônicas sociais de Graça Costa e Silva, na Rádio Difusora, com sua voz pausada e cativante; do Grupo Escolar Ribeiro Gonçalves e do Ginásio Estadual Monsenhor Lindolfo Uchôa; do grande educador, íntegro, sério, disciplinador, Braulino Duque de França; dos mestres que muito fizeram pela educação do teu povo: Dr. Sobral Neto, D. Raimundinha Carvalho, Noemi Melo, Ribamar Leal, Francisquinha Silva, Maria da Penha, Eva Macedo, Teresa Chaib, Ivonildes Castro, Onélia Martins, Enedina Castro, D. Jovina Mendes, Risomar Mendes, Francisca Gomes, Lourdinha Viana, D. Moema, Duzito e etc. ;

Deixa que eu sinta saudades dos colegas e amigos: Selvu, Leto, Miguel, Leitim, Pedro, Zé Amancio, Vicente Cabeção, Cruz, Peito de Vaca, Luiz Bogó, Janjão, Chiquinho, Nego Cleber, Júnior, César, Jusmar, Chicolé, Valdir, Guido, Adeval, Adevan, Zé Afonso, Boi Manso, Pitombeira, Franzé, Raimundo Bonfim, Antônino, Manoel Saraiva, Chicão, Chico Mendes, Zé Mendes, Nestor Guerra, João Luiz, Toínho, Luiz Pereira, Porca Preta, Gilberto, Poncion, muitos hoje continuam participando ativamente da tua história.

O destino pregou-me uma peça interessante nos meus 50 anos de vida: Comecei a trabalhar com 8 anos de idade, na Tipografia do Jornalista Andocildes Lemos, tendo como instrutores, os mestres Edgar Pereira, Deusdete Carvalho, Gil Torres, Iran e Mitonho, e hoje a minha residência está situada a Rua Alberone Lemos, que era irmão do meu primeiro patrão e também Jornalista. Coisas do Destino.

Finalizo, desejando a tí Floriano, e ao nosso povo, muitas alegrias, paz e prosperidade e que os teus futuros Governantes, lutem para que teus 200 anos sejam comemorados , como a Rainha do Sul Piauiense.

* Francisco Sobrinho Amorim de Araújo, Florianense e Engenheiro Agrônomo.
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P.S. – Publicado nos Jornais: Diário do Povo, Meio – Norte, O Dia e Correio do Piauí. Quando do Aniversário dos 100 anos de Floriano e reprisado agora atendendo pedidos.

6/25/2007

FLORIANO - 110 ANOS



ONTEM: COLÔNIA DE JERUMENHA – HOJE: FLORIANO DO PIAUÍ : 110 ANOS

* Por: Francisco Sobrinho Amorim de Araújo

A notícia que rola nos últimos dias no espaço aéreo de Teresina a Brasília, Rio de Janeiro até São Paulo e vice-versa, além da problemática dos controladores das estradas que orienta e limita os transportes aéreos através das coordenadas geográficas, deixando os passageiros estressados sem saberem o dia e a hora que retornam para seus lares, e dos estouros de corrupção que demonstra que o País está mudando, antes acontecia e ninguém sabia, hoje sabemos de tudo, é sem sombra de dúvidas a programação das comemorações dos “100 + 10 anos de Floriano”, por sinal muito bem elaborada que vai enriquecer a história da nossa cidade com a Instalação do Museu Histórico de Floriano, uma obra do Empresário e Historiador Theodoro Sobral Neto e seus colaboradores, o que deixou-me emocionalmente alegre.

Tive a oportunidade de encontrar o Teodorinho no início do mês de junho no espaço aéreo entre Teresina e Brasília, o mesmo falou-me com empolgação o que será o “1º. Encontro de Florianenses” dentro da programação do Aniversário de Floriano, no período de 05 à 08 de julho, conversamos bastante e antes de descer em Brasília, entregou-me o primeiro material da lavra de Cristóvão Augusto sobre convite para este grande encontro, os quais distribuí para alguns filhos da terra residentes na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, que apesar da violência infernal que está sofrendo, trabalha, com toda força do coração, para transformar a cidade em Cidade dos Jogos Pan -Americanos – 2007 e consequentemente a Cidade dos Sonhos dos Jogos Olímpicos e da Copa Mundial de Futebol, assim como também trabalha em Pró – da Imagem do Cristo Redentor no Corcovado, para transformar-la em uma das Sete Maravilhas do Mundo, por sinal muito linda e merecedora.

Quando falamos de Floriano colônia, busco a história do nosso País que na União do Reino formado por Espanha e Portugal tentava controlar a enorme extensão territorial da colônia sul - americana com as preocupações naquela época concentradas nas terras do Norte do Brasil, conhecidas por Território do Maranhão. De acordo com Carlos Lima (1981), era uma área praticamente isolada, mas às margens do Oceano Atlântico, e que oferecia melhor comunicação com a Coroa e era cobiçado por outros países. No mês de maio do ano de 1617 a colônia foi dividida em dois novos Estados: Estado do Brasil, com sede na cidade de Salvador e Estado Colonial do Maranhão, com sede na cidade de São Luís. O novo Estado recebia ordens diretamente da Europa e foi delimitado através da Carta Régia de 12 de junho de 1621, formado pelas atuais áreas do Piauí, Pará, Maranhão, Amazonas, Roraima e Amapá. Esta divisão durou até 1652.

Quando falamos de Floriano dos anos 60 do século XX vêem á tona recordações da minha adolescência querida e inesquecível vejo através da minha mente, um dia lindo de domingo do mês de Julho, com sol forte, e com o vento geral proporcionando um clima ameno e quando íamos (a juventude da minha época), jogar bola nas coroas que surgiam no período das férias, do lado esquerdo do Rio Parnaíba na cidade de Barão de Grajaú. Os peladeiros lisos, não tinham grana para pagar o canoeiro, ou os que mesmo possuindo, gostavam de aventuras mas com uma atenuante, sabíamos todos nadar. Fazíamos o seguinte: subia margeando o rio até à altura do cai n’água (malária) e chegando lá, retirávamos talos de buriti ou caules de bananeira que faziam parte das balsas ancoradas que vinham do sul e sudoeste do Piauí, transportando gado, suínos, caprinos, ovinos, aves e frutas para comercialização em Floriano e Teresina, às vezes recebíamos broncas dos proprietários das balsas e outras vezes eles mesmos nos doavam o material. De posse dos equipamentos descíamos o Rio atravessando-o sem problemas, a correnteza ajudava e os talos e a bananeira mantinham-nos boiando até às coroas. Lá, íamos jogar bola, tomar banho, assim como também observar as meninas desfilando de maiôs, naquela época, biquíni, era coisa avançada, difícil de aparecer. Ao retornar, se não conseguíssemos salvar os equipamentos, fazíamos um bloco e saíamos nadando e novamente com a ajuda da correnteza e para os que nadavam lentamente o ponto de referência era o Bar Flutuante no cais de Floriano. Era maravilhoso, como a nossa turma deslizava majestosamente pelas águas do Rio Parnaíba, águas saudáveis e saborosas, quando sentíamos sede era, só abrir a boca e deixar escorrer pela garganta abaixo aquele líquido gostoso até saciar a nossa sede, sem nenhum risco de contrairmos doenças, não existia poluição. Era uma aventura bastante perigosa, pois jogávamos muita bola por lá e estávamos sujeitos a câimbras e quando isto acontecia, era grande o sufoco. O Rio Parnaíba foi a nossa piscina, onde aprendemos a nadar. Não é recomendável que hoje se faça isto. É um lance muito perigoso.

Sempre em nossas aventuras, o meu primo Francisco José Amorim, hoje Agente Fiscal da Receita Estadual em Floriano, acompanhava-nos, não era bom nadador, mas tinha sempre a companhia de uma câmara de ar para ajudá-lo a atravessar o Rio e tirava de letra, chegando na frente de todos. Certo dia, ao atravessar o Rio, em um local de grande correnteza, a borracha que tampava o pito da câmara soltou-se e Chico José, tampou com uma mão e para poder manter o equilíbrio segurava a câmara com a outra mão e não tinha como remar para chegar à outra margem, pois usava as mãos como remo e as pernas para equilibrar o bote. Quando observei que ele estava com problemas, nadei até onde estava, disse-lhe que ficasse tranqüilo e coloquei os dois pés dentro da câmara de ar, e saí puxando, utilizando o famoso nado de cachorro que sempre usávamos quando estávamos cansados. Foi um sufoco danado para levá-lo até a margem, cheguei nas últimas, já sendo ajudado por Chicolé e outros companheiros. Graças a Deus chegamos em casa em Paz e hoje estou externando esta resenha e que pode ser confirmado pelo o ator maior e os coadjuvantes, como Chicolé, Firmino, Raimundo Bomfim, Antenor e outros.. E assim Floriano vai tornando-se Rainha e nós vamos envelhecendo-nos, mas revivendo sempre o seu passado e as nossas vidas cotidianas.

FLORIANO,TERRA QUERIDA, MEU TORRÃO NATAL, MEU UMBIGO AINDA HOJE ESTÁ ENTERRADO NO QUINTAL DA CASA QUE ERA DOS MEUS AVÓS. Meus parabéns pelos 100 + 10 anos. Que esta juventude que hoje estás a governar você, lembrem-se: que embora hoje não exista mais o Riacho da Onça, a Pedra de Mesa, o Escurador, o Riacho do Irapuá, o Riacho da Vereda Grande, com seus olhos d’águas majestosos e límpidos, existem em seu solo outros córregos que precisam ser preservados, é necessário que esta geração assuma a responsabilidade de olhar com uma visão ótica ambiental e de futuro a situação das Margens do Rio Parnaíba, em toda extensão urbana e rural, as margens do Rio Itaueira e do Rio Gurguéia em sua área rural, que sofrem grande degradação, e precisam ser revitalizados, assim como as suas praças. É preciso assegurar a sobrevivência das gerações futuras, isto, depende do que pensamos e do que fazemos hoje. Precisamos de desenvolvimento, mas um desenvolvimento que seja alicerçado com sustentabilidade.

* Eng. Agrônomo, Extensionista do EMATER, Florianense, Especialista em Olericultura, Especialista em Uso e Manejo Sustentável dos Recursos Naturais, Conselheiro Efetivo do CREA-PI e do Conselho Estadual de Recursos Hídricos e Diretor do Sindicato dos Engenheiros do Piauí – SENGE –PI.

TRAVESSIAS


A noite vai chegando e o ronco silencioso dos motores ecoam no fim do turno. Os coaxares da madrugada se misturam ao som dos blues nostálgicos que me vem à mente. O coração pulsa, escutando os tambores ecoando noite adentro.

Tomo a última dose no bar de Passim e caminho por entre ruas e becos rumo ao descanso de mais um dia de reis. Os sonhos me fazem recordar dos cabaré da madrugada, do sons seresteiros de Moura e Paganini.

Os anos passaram-se afoitos. Ficaram as marcas eternizantes de nossas loucuras e poesias. Os ideais nos levaram às duras caminhadas pela vida afora, mas na afobação do retorno materno em busca de um final feliz.

No entanto, somos sugados na tônica dos novos sons da madrugada, que já não são mais os mesmos. O consumo pirata constrói uma ilusão sem precedentes na construção de um novo mundo que desconhecemos, ainda, o seu desfecho final.

6/23/2007

FLORIANO - PAIXAO QUE SE NÃO LIMITA!

Por: Raimundo Floriano

Não existe balsense mais florianense da gema do que eu. Desde o meu nascimento, a palavra Floriano soou-me como melodia vinda do céu. E não era para menos. Seu Rosa Ribeiro, meu saudoso pai, homenageando sua terra natal, nomeara-me Raimundo Floriano.

Desde cedo, aprendi a orgulhar-me desse nome. Meus irmãos mais velhos, que estudavam em Floriano, vinham de férias falando nos mágicos encantos da cidade. Assim, eu ansiava pela chegada de minha vez de conhecê-la.

No dia 5 de fevereiro de 1949, aos 12 anos de idade, embarquei no motor Pedro Ivo, rumo ao estudo, ao progresso e ao desconhecido. Logo em Uruçuí, onde o Rio Balsas desemboca no Parnaíba, aquele mar de água. E nele, uma amostra do que seria o porvir: o vapor Brasil – para mim, um navio –, sob o comando do florianense Seu Antônio Anísio, rebocando 3 imensas barcas, fazia manobras para aportar. No dia 8, desembarquei na rampa de Floriano.

Aguardava-me um estivador chapeado previamente contratado por minha tia Maria Isaura, moradora à Rua Fernando Marques, 698, para onde seguimos, ele com minha mala e o saco da rede, e eu com o meu assombro diante de tanta coisa nova que se descortinava ante meus olhos.

Bem na rampa, uma frota de jumentos, pertencente à Dona Inês Angelim, carregada de barricas d’água para fornecimento à população, subia íngreme ladeira em ziguezague, sabedoria asinina que logo seria transmitida a este matuto, grande admirador dos jegues. Mais adiante, a rua calçada, o meio-fio, a arborização, a casa de Seu Tiago Roque, a Praça da Matriz, a Avenida, os sobrados dos carcamanos, bicicleta com um menino enriba dela, as carroças de Seu Salomão Mazuad, o Riacho do Gato e o Riacho da Onça passando por dentro da metrópole.

Daí pra frente, novos impactos: o Ginásio Santa Teresinha, a Escola Normal Regional, o Cine Natal e outros primores que se me apresentavam, tais como luz elétrica, sorvete, picolé, gelo em barra, gibi, e carro, muito carro, os caminhões de Seu Arudá Bucar, ônibus e jipes.
Se eu pudesse determinar qual a Oitava Maravilha do Mundo, não titubearia em decretar que seria o serviço de alto-falantes, mais conhecido como amplificadora. Em Floriano, havia duas. A Amplificadora Florianense, “a voz líder e potente da cidade” nas palavras do seu locutor, o Defala Attem, e a Amplificadora do Chico Reis, “a voz do comércio, a maior”, como apregoava o locutor Almir Reis, filho do dono.

Cinema era pago, picolé era pago, sorvete era pago, gibi era pago, mas a amplificadora era diversão acessível a qualquer bolso, mesmo o mais desapercebido. Bastava ter ouvidos e atenção. Uma saía do ar e, ato contínuo, a outra emendava, presenteando-nos com os mais belos sucessos musicais. Essas duas amplificadoras foram as responsáveis pelo amor que tomei pela Música Popular Brasileira, pela memória musical que hoje me proporciona meio de ocupar meu ocioso tempo de aposentado, fazendo-me, pelo Orkut, um internauta intensamente procurado por aficionados do mundo inteiro, que me consideram o mais completo, atualizado e atento colecionador, no âmbito da Música Militar, do Carnaval Antigo e do Forró.

Indeléveis na minha memória são os prefixos das duas emissoras. A Amplificadora Florianense iniciava e encerrava seus trabalhos com o dobrado Batista de Melo, de Antônio Manoel do Espírito Santo. A Amplificadora do Chico Reis, com o dobrado Antônio José de Almeida, de Horácio Casado. Quando comecei a ganhar dinheiro, muito tempo depois disso, e pude comprar meu primeiro som, cuidei logo de amealhar essas relíquias. Pena que, hoje, ao completar 71, já não encontre pessoas daquela época para trocarmos idéias, tirarmos dúvidas, contarmos reminiscências, matarmos saudades, ouvirmos os sons que marcaram nossas adolescências. E fico telefonando a esmo, na vã esperança de lograr conexão com algum interlocutor contemporâneo, unzinho sequer. Sossega, coração!

Morei lá apenas um ano. Em 1950, fui estudar em Teresina. Mas minha bem-querença, renitente que é, recusou-se a partir.

Agora, no seu 110º Aniversário, não titubeio ao afirmar, sem medo de erro:
Em 1949, Floriano, a minha querida Xará, era assim!

6/22/2007

FLUTUANDO


Nada mais aconchegante do que chegar de repente no cais do porto, saborear alguns momentos por ali e poder observar a paisagem e a mansidão do Flutuante. As suas tardinhas nos transportam ao velho romantismo, quando nada queríamos da vida.


Apenas aquele silêncio poético nos conduzindo às antigas calmarias. A saudade chega de mansinho e voltamos a relembrar das tainhas, das descidas e dos borás que tocávamos pelos remansos do velho monge.

Hoje, há uma certa penúria e essa deslumbrante noite dos sons dali nos ensurdessem subitamente em sua poética bizarra e transgressora. Temos que voltar à realidade da vida, literalmente.

Precisamos nos acostumar aos novos tempos, mas aquela suavidade das noites de antigamente nos traziam belas conquistas em sonora melodia de bossas e dos blues que nos revelavam a beleza de nossas morenas.

CLUBE DOS 7


CLUBE DOS SETE

Pesquisa : Mª Umbelina Marçal Gadêlha

Todos nós éramos recém-casados, cheios de energia, ainda sem filhos, por isso tínhamos tempo sobrando e, nos reuníamos todas as noites na casa de um casal para jogar buraco.

Conversa vai conversa vem, surgiu a idéia de criarmos um clube ao qual demos o nome de “Clube dos Sete”, pois éramos 7 casais: Wilson Pereira e Beatriz, Gilberto Martins e Ivone, Roberto e Luiza, Gabriel Kalume e Geisa, Renê Veloso e Socorro, Pedro Attem e Marinice, Antonio Lisboa e Naila.

Reuníamo-nos na casa dos sócios, todas as noites às quintas-feiras para jantarmos. O menu era organizado pelas mulheres e cada casal levava um prato e refrigerante. Cada casal anfitrião, tinha o direito de convidar 2 casais fora os sete, para o jantar. E foi assim que outros casais foram entrando Laize, Constantim Salha e Lourdinha, Dr. José Gonçalves e Jesus, Bucar e Salomé. Com correr do tempo, em vez de 7, já éramos 13, mas o nome continuou o mesmo, ou seja, Clube dos Sete.

Quando os estudantes filhos de Floriano chegavam para as férias, principalmente os Kalume Olga, Mercês, Goreth e Paulo, organizavam jogos de vôlei à noite na AABB e sempre nos convidavam (o nosso time) para jogar com eles. Ah! e faziam também o Reisado do qual nós também participávamos.
O nosso time de futebol era convidado a jogar em outras cidades como São João dos Patos – MA e Guadalupe – PI, e as esposas formavam a torcida organizada.

Inesquecível também para nós foram os muitos piqueniques na beira-rio,nas fazendas de amigos subindo o rio de canoa e no açude Mário Bezerra. Tínhamos muita resistência.

Mas além de nos divertirmos também fazíamos muitas promoções para ajudar pessoas carentes em dificuldades.

Depoimento de
Mª Beatriz Gadêlha Fontes Pereira

6/21/2007

10 ANOS DO CENTENARIO


Aproxima-se o grande momento dos 10 ANOS DO CENTENÁRIO, agora em julho e a adrenalina cresce em função dessa expectativa do ( re ) encontro de florianenses que vivem, hoje, em vários rincões brasileiros.

Vamos aproveitar o máximo, eternizar esses momentos e resgatar os bons tempos. Essa idéia de Teodoro e do Cristóvão, contando com o apoio de outros amigos e de diversos seguimentos, pode dar um novo salto na auto – estima do povo de Floriano.

É preciso que recordemos, que façamos um alerta para tomarmos uma nova atitude rumo ao nosso futuro. Não vamos, por exemplo, deixar morrer os velhos carnavais, mas também teremos que propor um novo estilo de vida para a Princesa.

Sabemos que atualmente atravessamos momentos difíceis, mas isso faz parte do contexto político e social. No entanto, todos nós podemos fazer a diferença; tente, invente, faça algo diferente e vamos voltar para o futuro, certo?

6/20/2007

CAIS DO PORTO


O cais do porto, hoje, com um novo visual arquitetônico na expressão dessa bela tomada de Agamenon Pedrosa, nos dá uma vontade de ficar e de eternizar momentos inesquecíveis, vividos e divididos ali.

O nosso ponto de encontro mais aconchegante, na verdade, precisa ser bem melhor cuidado por todos e preservando, naturalmente, suas antigas origens.

Sabemos que o progresso nos tras dividendos, mas podemos, evidentemente, por outro lado, unir o útil ao agradável. Tudo é uma conseqüência. Só precisamos dos incentivos para melhorar a nossa demanda cultural.

Pode não ser o “projeto reviver” da vida, mas esse cais ainda pode render muitos frutos. Só depende das idéias e das iniciativas construtivas para mudar essa realidade em que hoje vivemos, certo?

6/19/2007

VIAZUL


Há uma grande expectativa quanto ao retorno e à participação do antigo grupo musical florianense – VIAZUL, dentro das comemorações de aniversário de Floriano, em julho próximo e tendo em vista o PRIMEIRO ENCONTRO DE FLORIANENSES 10 ANOS DO CENTENÁRIO.

Coordenado pelo compositor Adelmar Neiva, esse retorno terá, também, homenagem aos antigos cantores e compositores da terra. Os Bravos, que surgiram no período da jovem guarda, também farão uma ( re ) apresentação nessa data ( veja programação em postagem anterior ).

O Viazul ( foto ), era quem comandava as férias em Floriano nos anos setenta, com apresentação de shows no estilo pop moderno. José Demes ( vocal ), Adelmar (baixo ), Nilson Coelho ( guitarra ), Célia Reis ( vocal ) e Neivinha ( bateria ), incendiavam o velho Salão Paroquial com a sua proposta pop: bossa, jazz, blues, rock e todo um pop de grande irreverência, sacudindo a juventude local.

Será um evento, naturalmente, de proporções épicas para a cultural local. Sua participação será de suma importância. A diversão já está garantida, com certeza.

6/18/2007

FLORIANO CLUBE


O Floriano Clube deixou muita saudade. A sua decadência deixou uma enorme lacuna no contexto de nossos eventos sociais. Olha que os carnavais, os bailes, as tertúlias, os shows e as festas eram românticas e, realmente, de “arromba”.

Quem era sócio ou dependente, andava sempre com a sua carteirinha ( foto ) no bolso, para mostrar que era sócio. As décadas de sessenta e setenta foram, tremendamente, sensacionais para a sociedade de Floriano. Formavam-se filas enormes para os carnavais, principalmente.

Há, também, casos engraçados e folclóricos, que aconteceram por lá. Lembro-me que, certa vez, num carnaval passado, achamos trezentos cruzeiros no salão e fizemos a farra.

Outra história que se conta é que numa festa de carnaval, colocaram um "lacto-purga" no copo de cerveja de Anizinho Cansanção e foi aquele auê: mais tarde, Anizinho vai correndo no rumo do banheiro apertado, gritando:

- Oh, abre a ala, que eu quero passar!...

6/15/2007

CLUBE DE REGATAS




CLUBE DE REGATAS


Pesquisa : Mª Umbelina Marçal Gadêlha


Floriano era uma cidade pacata, calma, cheia de alegria e animação. Naquela época a distração era preparar frito e tomar cerveja no cais beira-rio, ao lado do Flutuante, apreciar a lua sair, conversar, banhar de rio e sonhar com as festas que iriam acontecer.


Os maiores eventos da época eram: As Regatas de Férias de Verão, as Festas Juninas, o Carnaval, as grandes Festas das Mães e o Réveillon realizado no CEC – Comércio Esporte Clube e no Floriano Clube. Além destas havia também os festejos de São Pedro de Alcântara e de Nossa Senhora das Graças.


Além disso, nós inventávamos lugares para nos distrairmos, como por exemplo, o Comércio Esporte Clube, construiu na sua sede uma piscina linda, e a noite, nós íamos para lá, sonhar e conversar. Bons tempos! Tudo muito ingênuo.


No mês de julho, um grupo de amigos organizava uma “Regata” (corrida de canoas a vela, remo e vara). A Regata largava do cais do porto e a chegada era no Pateta (fazenda do senhor Pedro Carvalho).


Os participantes formavam duplas representadas pelos seguintes jovens: João Carlos Ribeiro Gonçalves, José Wilson Pereira, Pedro Attem Filho, João Alfredo Gaze, Abdala Zarur, Jafran Frejat, Carlos Martins, Gabriel Kalume, Gilmar Sobral, Defala Attem, Hélio Castro, Gilvan Sobral, Chico Pereira, Pedro Neiva, Cicinha e Haroldo Castro.

Na largada era aquela confusão quando uma canoa era desclassificada, pois tinha uma medida certa. Lembro-me ainda da 1º Regata, cujo vencedor foi a dupla Wilson Pereira e Pedro Attem, e a madrinha foi Zilma Castro, filha de Dr. Gonçalo Castro que tinha vindo passar as férias, pois estudava no Rio de Janeiro.
Após a chegada dos barcos havia churrascos e brincadeiras. À noite era a festa no Floriano Clube para a entrega de Troféu com a presença da Miss Piauí do ano. Lembro-me da primeira miss que eles trouxeram, Teresinha Alcântara, uma das Misses mais bonitas que o Piauí já teve. Muita gente vinha a Floriano nessa época para participar dessa festa, inclusive todos os florianenses que estudavam fora.

Aí os rapazes resolveram ter sua própria sede. Compraram o terreno e construíram uma sede provisória com bar, quadra de esporte (chão de barro batido) e dancing coberto de palha. As mesas e cadeiras foram adquiridas e distribuídas em baixo das mangueiras. Aos domingos realizavam bingos e churrascos e o Clube de Regatas era muito freqüentado pela sociedade florianense.


Lembro-me que João Carlos era o presidente e ele dizia que tinha mandado fazer a planta da sede com uma torre para colocar um sino para que o ouvissem até em Amarante.


Foram momentos lindos de muita alegria, muitos foram embora e hoje só existe o terreno e muita saudade de um bom tempo, da juventude que tão veloz passou.

ODORICO


Ainda conservando suas características originais , o velho Colégio Odorico Castelo Branco ( foto ), tomada extraída no final dos anos setenta, nos transporta aos velhos tempos.

Atualmente, depois de uma completa reforma, o Odorico tem novo comando e soma subsídios para proporcionar uma educacional básica para os nossos jovens que, necessariamente, precisam de um futuro mais autêntico.

No passado, a gurizada andava sempre aprontando por lá, brincando: correndo de lambretas de tábua, empinando papagaio, correndo em cima do muro, jogando bola, time de botão, peteca, pião, triângulo, mão no bolso etc

Tudo isso na hora do recreio, quando formava-se uma grande fila para a merenda, o horário mais disputado. Cada qual, com seu “copão” na mão. Era um auê terrível.

E quando chegava o período da vacinação, era uma loucura. O Nosso amigo João Carvalho, filho de Joãozinho Guarda, dizia logo:

- Eu num vou tomar, não! Eu vou fugir, vou pular o muro!

Outra gozação, a propósito, era quando a professora dona Lourdinha Martins ia fazer a chamada. Quando chegava no número vinte e quatro, formava-se um silêncio geral na turma. A professora, olhando para a todos, exaltava:

- Número 24, Sebastião Rodrigues, faltou?

Que nada. O nosso amigo Sebastião ( irmão de Luis Orlando ), ficava puto na dele, carrancudo, calado, não respondia a chamada e todos caiam na gargalhada.

6/14/2007

O "LANCHE" DECISIVO


O time do Palmeiras de Bucar participava de uma grande decisão na vizinha cidade de Guadalupe, mas como a estrada de acesso estava em péssimo estado, necessariamente, tiveram que viajar numa kombi pelo lado do Maranhão.

O time de Floriano, basicamente completo, com seus 11 titulares, de forma que quando chegaram nas proximidades de Boa Esperança, surpreendentemente teriam que atravessar o Parnaiba de canoa à vela.

De repente, quando o jogador Sadica percebeu que o rio estava cheio e a correnteza forte, foi logo se alterando:

- Porra, vocês sabem muito bem que eu não sei nadar; portanto, tô fora desse jogo! Vão vocês! Eu não vou, certo?

A preocupação era deveras delicada naquele momento com o nosso craque Sadica, sabendo todos que a sua presença dentro de campo era fundamental naquela grande final e, por unanimidade, a pressão era necessária:

- Ora, ora, tu num vai o quê, homem de Deus! Hoje, tu vai ter que aprender a nadar! Tu vai querer que a gente perca o jogo, hein? Essa canoa não vai virar, não! Fica tranquilo!

Finalmente, quando chegaram na concentração, por volta de 1 hora da tarde, a fome chega a apertar e os nossos jogadores começam a comer bolacha com guaraná antarctica.
De repente, depois que iniciara a partida, o zagueiro Zé de Tila começou a sentir-se mal, um embrulho na barriga, mas como não havia nenhum reserva, teve que ficar em campo.
O era duro e o nosso atacante Antonio Luiz Bolo Doce fazia um golaço, mas Zé de Tila não estava conseguindo acompanhar o ponteiro corredor Chico de Hermínia e o mesmo acontecia com o time adversário; eram gols lá e cá, até que Bolo Doce, não agüentando mais, foi lá atrás da zaga, pegou no braço de Zé de Tila e disse:

- Vai fazer número lá frente, pra ver se a gente ganha o jogo, certo!?

Aí, então, todos caíram na gargalhada!
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Na foto acima, em pé - REGINALDO, SADICA, ANTONIO LUIZ, BITONHO, PRERERECA E OSMAR;agachados - ZILMAR, PECHINCHA, BAGANA, BUCAR, ANTONIO GUARDA, BRAHIM E PETRONIO em 1965

BLOCO DOS CASADOS




Pesquisa : Mª Umbelina Marçal Gadelha

Criamos o “Bloco dos Casados” e convidamos outros casais para fazer parte como: Filadelfo Castro e Ivanilde, Dimas Fontes e Sonia, Pedro Neiva e Doxinha, José Wilson Carneiro e Luiza, Salomão Aires e Jesus, Chico Pereira e Zalina, Valdir e Nair, Nilton Camarço e Iolanda, Pauliram e Vera, Camilo e Lais, Manoel Simplício e Socorro. E, além destes, em alguns anos brincaram conosco: Osmar Amaral e Lêda, Edilson Amaral e Marodí, Wagner Fontes e Umbelina (nos dois últimos anos).

Sábado de carnaval às 10 horas da manhã iniciávamos a nossa brincadeira com papai (Zé Fontes), meus irmãos e Paganini tocando no Bar do Chico Gabriel que era vizinho às “Casas Pernambucanas”, onde Anésio Batista era gerente.

Os amigos de papai: Dr. Tibério, Dr. Amilcar Sobral, Edmundo Gonçalves, Pedro Attemal, Antonio Moreira, Inácio Ferrer, Solon Miranda, João Luiz Guimarães, Alderico Guimarães, seu Ramos, Justo Urquiza, Bernardino Viana e Antonio Anísio, chegavam cedo e só saíam à tardinha quando a gente ia para casa, tomar banho e vestir as fantasias para continuarmos a brincadeira no clube.

Reuníamo-nos na casa de um dos membros do “Clube dos Sete “para o aquecimento que era regado à caipirinha. Quando chegávamos ao clube Orlando Peixoto (cantor da Banda “Os Iguais”), via o nosso estandarte e cantava o nosso hino para o bloco entrar no salão. “Quem disse que casado não brinca / casado é quem pode brincar...” O Fábio meu irmão mais novo, era rapazote e algumas vezes, entrava levando o estandarte.Aí nós tomávamos conta do salão, dançávamos a noite toda. No Comércio Esporte Clube, tinha uma parte no meio do Clube que era descoberta. Quando chovia tinha duas bicas uma em cada canto, alguns dos brincantes iam para a parte coberta, mas eu, Marinice, Renê, Socorro, Ivone, Wilson, Pedro e Doxinha, íamos mesmo era para debaixo da bica, todo mundo suado e graças a Deus nunca adoecemos por isso.

Na quarta-feira de cinzas, o último dia de Carnaval, “Os Iguais” desciam às 6 horas da manhã para a beira-rio (carnaval também acontecendo lá). Eles iam tocando na frente e nós todos dançando atrás. Quando chegávamos lá na avenida todos nós mergulhávamos no rio (de fantasia e tudo, só tirávamos as sandálias). Ai Orlando cantava: “Quem parte leva saudade de alguém que fica chorando de dor...” todo mundo cantava eles, nos despedíamos daquele carnaval, eles iam embora e nós também para aguardar o ano seguinte.

Fonte: www.acervo.floriano.pi.gov.br

6/13/2007

PADRE PEDRO


Outra figura ilustre que estará sendo homenageada durante o PRIMEIRO ENCONTRO DE FLORIANENSES - 10 ANOS DO CENTENÁRIO, em julho próximo, é padre Pedro ( in memorian).

Padre Pedro ( foto ), em seus sermões, muitas vezes parecia duro, mas na verdade, estava encaminhando a nossa comunidade a um futuro exemplar.

Relembrando, certa vez, quando quiseram tirá-lo da paróquia, tendo como motivo alegado sua gestão conservadora, disseram para Padre Pedro que iriam colocar uma "vassoura nova" para dirigir o futuro de nossa paróquia com uma nova ordem filosófica. O nosso velho pároco, arguto que só, no entanto, fez calar o bico de todos, exaltando em alto e bom som:

- Meus filhos, pois fiquem sabendo, só a “vassoura velha” aqui é que sabe onde é que tá o sujo...

FESTAS JUNINAS


Depoimento de Mª Beatriz Gadêlha Fontes Pereira
Pesquisa: Mª Umbelina Marçal Gadelha

A nossa turma ( foto ) também criou a Quadrilha dos Casados que começava com os ensaios em maio e iniciava oficialmente em 1º de junho. Éramos convidados para dançar, em várias casas de famílias de Floriano. Os convites eram tantos que havia noites em que dançávamos em 3 casas diferentes. Ofereciam-nos feijoada, paçoca, maria izabel, chá de burro, bolo de milho, pipoca, amendoim, churrasco e outras variadas guloseimas.

O encerramento das quadrilhas era no dia 2 de julho na Igreja de Nossa Senhora das Graças, no bairro Ibiapaba. Éramos convidados pelo frei Vicente para nos apresentarmos lá. Lembro-me que em 1972, eu estava no oitavo mês de gestação de meu segundo filho (Fernando) e fui a noiva da quadrilha. Brinquei pesada e muito animada, porém, no dia 2 de setembro Fernando nasceu, sadio e lindo pesando 4,100 kg. Formávamos um grupo muito unido. Naquela época poucas de nós trabalhávamos fora, e o dinheiro somente dos maridos não era muito, mas administrávamos bem, pois dava para tudo.

Com o passar dos tempos, os filhos foram chegando, e a necessidade de trabalharmos fora também. Alguns casais foram embora de Floriano, trabalhar em outras cidades, outros saíram para estudar, inclusive eu, que em 1977 fui fazer faculdade em Belém-PA. Quando voltei, tive que trabalhar 3 turnos, assim como a minha amiga e comadre Ivone Demes, ai acabou-se o “Clube dos Sete”, o “Bloco dos Casados” e a “Quadrilha dos Casais”.

Hoje só nos resta relembrar com alegria e saudade daquele tempo maravilhoso que marcou a nossa juventude.

Fonte: /www.acervo.floriano.pi.gov.br

6/12/2007

SERTÃ


A luta pela restauração da Sertã ( foto da década de 50 ), a recuperação de nossa antiga praça doutor Sebastião Martins e mais o resgate do nosso tradicional Floriano Clube deveriam ou ainda podem ser inseridos dentro do contexto em debate no PRIMEIRO ENCONTRO DOS DEZ ANOS DO CENTENARIO.

Precisamos sair por aí conscientizando as pessoas e as autoridades, no sentido de haver uma preocupação maior e zelo pelo nosso patrimônio arquitetônico.

As escolas precisam estar engajadas nessa conscientização e outras iniciativas e parcerias devem ser pautadas para ficarmos alertas quanto ao nosso futuro. Precisamos construir uma rotina nova para Floriano poder crescer e acelerar o seu desenvolvimento, retomar e resgatar suas tradições perdidas e adormecidas.

6/11/2007

REGATAS DE JULHO


O mês de julho em Floriano é muito festivo, mês de aniversário da cidade. Para este ano estão previstas inúmeras atividades no campo da cultura.

As comemorações dos 10 ANOS DO CENTENÁRIO terão ampla programação e uma das principais é a abertura do museu de Teodorinho no centro da cidade.

Seria importante, também, que a prefeitura incentivasse ou promovesse, este ano, o retorno das famosas - REGATAS DE JULHO, para animar mais ainda essa festança.

Para não fugir da poesia, fotografamos, instantaneamente, o nosso amigo Zerubal em sua peregrinação diária em busca dos mandís e surubins. Era o início da década de oitenta, quando essa paisagem era bem aproveitada.

Temos que buscar de volta essa motivação e Floriano continuar proporcionando essa magia que buscamos o tempo inteiro.

O RETORNO DOS BRAVOS


Dentro do contexto do PRIMEIRO ENCONTRO DE FLORIANENSES - DEZ ANOS DO CENTENÁRIO, a ser realizado no período de 05 a 08 de julho próximo, vamos ter o retorno do antigo conjunto musical - OS BRAVOS.

Os Bravos ( foto ) eram formados pelo baixista Irapuam Leal, o guitarrista solo Antonio Alberto (que tinha dois apelidos: pimentão e rádio globo), o guitarrista base Fábio de Jesus ( mora hoje em Teresina ) e pelo baterista Raimundo Neiva ( Neivinha ); depois, numa segunda etapa, o baterista passou a ser Levindo Sipaúba.

Floriano viverá bons momentos com essa iniciativa de Teodoro Sobral e do Cristóvão. Seria, ao meu, o ponto de partida para não deixar morrer nossas tradições e fazer um roteiro de volta ao passado que nos trazem saudades.

6/08/2007

FLORIANO 100 + 10 = ( RE ) ENCONTRO DE FLORIANENSES



FLORIANO CLUBE ( foto ) SERÁ LEMBRADO NO ENCONTRO

Por - Cesar de Antonio Sobrinho

Nota-se que a população aguarda com carinho o 1º Encontro de Florianenses, que realizar-se-á no período de 05 a 08 de julho de 2007; na oportunidade, centenas de pessoas amantes da Princesa do Sul, estarão chegando de diversos rincões do solo brasileiro para se juntar aos nativos da querida terra. A Princesa, que continua com seus contornos de jovem completará 110 anos (1897/2007), daí a empolgação de seus filhos em brindar juntos tão linda data. A brilhante iniciativa de: Cristóvão Augusto e Teodoro Sobral Neto com a colaboração de vários segmentos da sociedade local, está crescendo a cada dia e tomando proporções à “la tsunami”, uma onda envolvente e salutar, que, só engrandece a todos e a educação será o segmento mais beneficiado, senão vejamos.

Acontecerão eventos multi-culturais os mais variados possíveis dentre eles: inauguração do prédio da ALBEARTES, um sonho transformado em realidade, lançamento de livros de autores florianense, palestras e seminários, envolvendo temas bastante enriquecedores para todas as faixas etárias, o retorno do conjunto Viazul, ( Nilson Coelho, Adelmar Neiva, Irapuã, Ieié...) Valeu galera! Avante! e apresentações teatrais maravilhosas.

Realmente o ano de 2007 é especial, visto que as entidades: Ginásio Primeiro de Maio, Comércio Esporte Clube e Rádio Difusora de Floriano, estão comemorando o seu cinqüentenário com a empolgação que só o florianense tem, e a programação da trinca para todo o ano está maravilhosa. Fabuloso isso!

Detalhe 1 - ano 1997. A iniciativa das comemorações do Centenário de Floriano foi conduzida pelo Rotary Club de Floriano e diversos segmentos da sociedade local, inclusive com total apoio da Prefeitura de Floriano e o momento teve início com mais de um de antecedência por isso, é considerada a maior e a mais linda festa de todos os tempos da Princesa do Sul, pois conseguiu unir a cidade num objetivo comum, a maioria das festividades foram realizadas no Comércio Esporte Clube. Segundo Dr. Filadelfo, pessoas como: Rafael Rocha e Pedrina Ramos, ficaram tão empolgados viviam cantando de alegria. Um pequeno exemplo do que aconteceu no período;

Detalhe 2 – ano 1947: A iniciativa das comemorações do Cinqüentenário de Floriano foi conduzida por: Filadelfo Freire de Castro, Acadêmico do 3º ano de Direito na Universidade Federal de Minas Gerais, Abílio Neiva, Profº e Fiscal de Ensino do Estado do Piauí e Agostinho Reis, Agrônomo. Nas férias de dezembro de 1946 a fevereiro de 1947, os três jovens levantaram a bandeira das comemorações dos 50 anos de Floriano, e com apoio da sociedade florianense, as festas foram realizadas com muito entusiasmo e alegria no Floriano Clube, e num clube que existia no antigo prédio das Casas Pernambucanas, hoje Casa da Moda.

Colaboração: Dr. Filadelfo Freire de Castro.


O ULTIMO POR DO SOL


Impossível deixar de registrar esse por do sol magnífico do cais do porto da beira Parnaíba na bela Princesa do Sul. Os poetas e os admiradores de plantão, sempre caprichando na inspiração e no detalhe.

Esses quadros do nosso amigo Agamenon pedrosa precisam ser valorizados, assim como outros talentos da terra. Também o nosso acervo fotográfico que estão guardados nos baús da cidade precisam ser resgatados.

Vamos desenterrar esses tesouros e divulgar enquanto ainda é tempo. Esse Encontro que vai haver em julho, organizado pelo nosso amigo Teodoro, seria uma boa oportunidade para exaltar essas relíquias.

O nosso potencial turístico é imenso. Será que as nossas autoridades políticas estão observando essa realidade?

Ainda há tempo, certo?

6/06/2007

PROGRAMAÇÃO - 10 ANOS DO CENTENARIO


PRIMEIRO ENCONTRO DE FLORIANENSES
10 ANOS DO CENTENÁRIO

COORDENAÇAO:

Cristóvão Augusto de Araújo Costa, Teodoro Ferreira Sobral Neto, Luiz Paulo Lopes, Edilberto Araújo e Honorato Drumond Martins

PROGRAMAÇÃO:

05/07 – quinta-feira. 11:50h - Abertura do Primeiro Encontro de Florianenses 10 Anos do Centenário Rádio Difusora

12:00h – Crônica Social Rádio Difusora Cronistas Sociais Homenageadas:
Eulália Pereira, Maricildes Costa, Nice Lourdes, Maria Isaura Attem, Rubenita Ferreira, Graça Costa e Silva e Jocy Astor. Responsável: Maria Adélia Attem

12:30h - Almoço livre ( sugerimos o Haroldo’s Restaurante - maria-isabel e arroz com galinha – Rua Gabriel Ferreira 1342 - Manguinha)

17:00h - Abertura da Exposição de Artes( telas, esculturas, artesanato etc). Homenageado: ALBEARTES Local: Comercio Esporte Clube ( aberta todos os dias do Encontro )

18:00h - Amplificadora Florianense – A Voz Líder e Potente da Cidade. Hora do Ângelus. Programa Melodias que o Tempo não Apagou
Homenageados: Defala Attem, Pedro Attem, Fozy Attem e José Lavinio. Local da concentração: Avenida Getúlio Vargas ( no local onde funcionou o Cine Natal )
Cantores focalizados: Francisco Alves e Orlando Silva. Responsáveis: Gilberto Junior e Chico Demes. Colaboração: Rádio Comercio

18:30h - Inauguração do Centro Cultural do Laboratório Sobral, com exposição fotográfica de Floriano de ontem e de hoje.
Homenageados: Antigos fotógrafos: Jovino Bezerra, Farias, Leuter Epaminondas e Enoc. Local: Av. Getúlio Vargas, 181 – 1º andar ( aberto todos os dias do Encontro )

21:00h - Retreta com a Banda da Prefeitura Municipal. Homenageado: Mestre Eugenio. Local: Praça Dr. Sebastião Martins. Responsáveis: Honorato Drumond Martins e Luiz Antonio Carvalho

22:00h - Jantar livre ( sugerimos os Restaurantes da Beira Rio: Flutuante, Velho Monge (peixada), Recanto do Pedim (arroz c/ carneiro e carneiro na brasa) e D’Guia (peixada), Carinhoso (picanha na brasa) e Rio das Garças)

23:00h - Serenata. Homenageados: Moura do Cavaquinho e Paganini. Local: Beira Rio. Participação especial dos florianenses radicados em Brasília: Renato Viana e Paulo Viana. Responsáveis: Adelmar Neiva e Neiva Filho

06:07 – sexta-feira, 09:00h - Passeio a Guia. Recordação das Peregrinações Estudantis. Homenageado: Pe. Djalma Rodrigues de Andrade. Aposição de placa. Responsáveis: Maria do Carmo Drumond Martins, Honorato Drumond Martins e Luiz Antonio Carvalho. Concentração: Balão da Guia. Visita a Igreja de Nossa Senhora da Guia e ao Seminário Pe. Pio. Sugerimos uma visita a Ind. Brasil Ecodiesel e à Comunidade do Curtume (artesanato em argila) OBS. A Prefeitura Municipal disponibilizará ônibus, com saída e chegada na Praça Coronel Borges.

12:00h - Crônica Social Rádio Difusora

12:30h - Almoço livre (sugerimos o Restaurante Aeroporto Velho (maria-isabel, paçoca, lingüiça, carne de sol e arroz c/ galinha) – 3522-1171)

18:00h - Amplificadora Florianense – A Voz Líder e Potente da Cidade. Hora do Ângelus- Programa Melodias que o Tempo não Apagou. Local da concentração: Praça Dr. Sebastião Martins. Cantores focalizados: Vicente Celestino, Carlos Galhardo. Manifesto pela recuperação do Floriano Clube

18:30h - Missa Co-Catedral de São Pedro. Vamos recordar os cânticos (hinos) dos anos 50 e 60. Homenageado: Pe. Pedro da Silva Oliveira. Aposição de placa no seu túmulo. Responsáveis: Conceição Martins e Pedro de Alcântara Ramos

21:00h - Jantar livre (Sugerimos Restaurante do Hotel Rio Parnaíba – 3522-1039)

22:00h - Apresentação da Banda AZINUTH. Apresentação de saxsofonista em homenagem ao Mestre Zé Fontes. Lançamento do DVD sobre Floriano. Homenageados: Os Bravos, Os Iguais, Celestino e seu Conjunto e demais músicos de Floriano. Apresentação da cantora Dandinha, com o patrocínio da Prefeitura Municipal. Local: Hotel Rio Parnaíba. Responsáveis: Adelmar Neiva e Neiva Filho. Apoio: São Jorge Supermercado Hotel Rio Parnaíba

07/07 – sábado

11:00h - PI TV Convida TV Alvorada Programa especial sobre o Primeiro Encontro de Florianenses – 10 anos do centenário Responsável: Gilberto Junior

12:00h - Crônica Social. Rádio Difusora

12:30h - Almoço livre (sugerimos o Restaurante Flutuante – Cais do Porto)

18:00h - Amplificadora Florianense – A Voz Líder e Potente da CidadeHora do Ângelus. Programa Melodias que o tempo não apagou. Local da concentração: Av. Eurípedes de Aguiar c/ Rua Fernando Marques. Cantores focalizados: Nelson Gonçalves, Francisco Petrônio

18:30 - Aposição de placa referente ao centenário de construçãodo casarão da família Araújo Costa. Local: Av. Eurípedes de Aguiar, 235 (esquina com a rua Fernando Marques)

20:00h - Arrastão de aniversário da Cidade, com Trio Elétrico, concentração e saída em frente ao Hotel Rio Parnaíba e termino no Cais do Porto. Promoção da Prefeitura de Floriano.

23:00h - Baile Banda Status. Homenageados: Comercio Esporte Clube, Floriano Clube, Conjunto Os Iguais, Celestino e seu Conjunto e Rafael Rocha. Local: Comercio Esporte Clube. Responsável: Coordenação do Encontro. Venda de mesas: com 4 lugares - R$ 60,00. com 8 lugares – R$ 120,00. Homenagem especial ao Comercio Esporte Clube, Ginásio Primeiro de Maio e Rádio Difusora de Floriano que completam 50 anos de atividade. Depois do intervalo vamos relembrar velhos carnavais. Homenageados: Os antigos foliões Antonio Sobrinho, Demerval Neiva, Clovis Ramos e Nazareno Araújo. Blocos: Os Águias, Os Piratas, Os Malandros, Dominó, Foliões em Desfile, Os Pilantras, Bota Pra Quebrar, Carcará, Bloco dos Casados, Barril de Chopp

Obs. Será permitido levar seu Whyski, mas haverá a cobrança de uma taxa referente ao fornecimento de gelo.

08/07 – domingo - Aniversário da Cidade – 110 anos

08:00h - Hasteamento das Bandeiras da República Federativa do Brasil, do Estado do Piauí e do Município de Floriano, na Praça Dr. Sebastião Martins. (programação da Prefeitura Municipal)

08:30h - Missa em Ação de Graças na Co-Catedral de São Pedro de Alcântara. (programação da Prefeitura Municipal)

09:00h – Torneio de Futebol. Homenageados: Antonio Luiz Bolo Doce, Tibério Nunes Filho, Cleber Ramos, Nelson Oliveira e Vilmar Oliveira. Local: Estádio Mário Bezerra. Comercio Esporte Clube. Responsável: Darlan Portela e Cesar de Antonio Sobrinho

11:30h - Roda de Samba Grupo Sorriso Moleque. Local: Comercio Esporte Clube12:30h - Almoço livre (sugerimos Churrascaria Freitas – 3522-2311)

17:00h - Bumba Meu Boi. Homenageado: Né Preto. Show com o Grupo da Professora Elineuza Ramos Pourporir de danças folclóricas. Local: Praça Dr. Sebastião Martins. Responsáveis: Lourdinha Lopes, Renato Costa e Elineuza Ramos

18:00h - Arriamento das Bandeiras da República Federativa do Brasil, do Estado do Piauí e do Município, na Praça Dr. Sebastião Martins (programação da Prefeitura Municipal)

21:00h - Jantar livre (sugerimos a Churrascaria Zona Sul – Av. Santos Dumont, 1460). Apoio:Prefeitura Municipal de Floriano, Genéricos Sobral, Comercio Esporte Clube, Hotel Rio Parnaíba, São Jorge Supermercado, Rita Noivas, Armazém Paraíba, Florianonet, Florianight, Floriano em Dia, Portal de Floriano, TV Alvorada, Rádio Alvorada, Rádio Difusora, Rádio Comércio, Gráfica Leão, Halley – Gráfica e Editora, Conegundes Gonçalves de Oliveira

SUGESTÕES:

Visite os colégios onde estudou:

Ginásio Estadual (Colégio Osvaldo da Costa e Silva) – Pça. Sobral Neto Escola Normal (Colégio Monsenhor Lindoufo Uchoa – Pça. da Bandeira (antigo campo do Artístico) Ginásio Primeiro de Maio – Av. Eurípedes de Aguiar Educandário Santa Joana D’Arc – Rua Pe. Uchôa Grupo Escolar Agrônomo Parentes – Rua Bento Leão Grupo Escolar Odorico Castela Branco – Rua Gabriel Ferreira c/ São JoãoGrupo Escolar Ribeiro Gonçalves – Rua Augusto Rocha – Sambaiba Velha

VISITE:

Espaço Cultural Maria Bonita (Cais do Porto)O Museu estará aberto todos os dias do Encontro Espaço Cultural Christino Castro (Av. Eurípedes de Aguiar)( o Museu estará aberto todos os dias do Encontro ) Museu do Automóvel, Sítio Jacylandia, Bairro Meladão (Aberto todos os dias do Encontro ).
Para quem permanecer o restante das férias em Floriano, sugerimos:

Micareta de Floriano, Furacão Eletric: 20 e 21 de julho, Bandas: Axebalada, Sambaquê, Trio da Huanna, Moleca, Turbo Som, Informações: 3522-1292 e 3522-1114, Floriano Fest, Festival de forró 21 e 22 de julho, Bandas: Forró Medonho, Dj Pastel¸Forró Real, Forró Super ID, Banda Triballes, Trio Elétrico New Backstage, Informações: 3521-4954 e 9985-3723

CASARIOS


Observamos alguns casários tradicionais de Floriano, mais precisamente no cruzamento das ruas José Coriolano com a João Chico.

Do segundo pavimento da bela residência do nosso amigo Raimundo Carvalho ( filho do senhor Joãozinho Guarda ), hoje morando em Brasília, economista, extraímos essa bela imagem.

No passado, a gente brincava por essas ruas e becos. Ainda não havia o calçamento e existia, por aí, um bonito areião e alguns lajedos, onde corríamos nas brincadeiras da infância.

Vejam as casas de seu Benedito Batista, de dona Maria Clinaura, do seu Luiz Barreto, de seu Cibá e à esquerda havia, ainda, o campinho da quinta de seu Joãozinho Guarda, onde disputávamos peladas divertidíssimas com a locução gravada pelo nosso locutor Bá e com os comentários de seu queridíssimo irmão Zé de Sousa.

Resta, agora, só a saudade e a vontade de relembrar os bons tempos.

6/05/2007

CAIS DO PORTO

Vejam só que belíssima imagem do rio Parnaiba, mostrando o nosso querido cais do porto, quando a nossa kodak ainda era quem fazia fama.

O calor e o céu azul, exalta nossos casários e as águas turvas do rio. Naquele momento, ainda se podia aproveitar bem nossas águas com os tradicionais banhos nas coroas da Barão e as famosas pescarias.

Havia, ainda, uma certa harmonia, um entrosamento perfeito entre os acontecimentos da cidade. A nossa juventude querendo mais ir pra frente em busca de seu ideal. Precisávamos documentar tudo isso, para ficar na lembrança daqueles que puderam aproveitar essa época de delírio e romantismo.

À VELA


No início da década de oitenta, essa turma aí curtia umas férias de retorno à Princesa e, para relaxar, improvisaram um passeio à vela e subiram o misterioso Parnaiba.

O bom astral das férias de julho, com as nossas tradicionais regatas -, motiva a nossa juventude, senão, vejamos, o Agamenon Pedrosa, Jorge Filho, Toinho Brandão, Carlito Carvalho, Phillipe Salha, Pedro Martins ( no mastro ) e Demetrius ( no remo ), equilibrando-se nas águas do velho monge.

Depois de muita movimentação, essa curtição terminaria no famoso cais do porto, com o pessoal esboçando suas emoções e exaltando suas resenhas, nessa aventura que na nossa época romântica, fazia a diferença naquele momento.

Um bela trilha fluvial.
...
Foto: do arquivo de Agamenon Pedrosa

6/04/2007

ANOITECER


ANOITECER

A noite já se expõe
Quando minhas lágrimas se fazem presentes
Deixando-me sozinho e soturno
Por entre bares e becos no cais do porto

Não há como esconder de minhas veias
Os monturos que carrego à beira dos
Caminhos pedregosos em que tropeço
E os pingos d´água da chuva me fazem
Plantar mais alguns sonhos

Mas não consigo reverter minhas atitudes
Morbidamente serenas de minhas
Andanças em busca de uma luz
No fim do túnel

No entanto a noite já começa a brilhar
E o ronco dos ecos percorrendo na
Madrugada fria e solitária
Deixam-me carregado de palavras
E de pensamentos em busca de um novo SOL
...
Foto - Agamenon Pedrosa

TURMA DA RUA 7


A nossa simpática amiga Arlenilde conseguiu reunir, em Brasília, seus amigos de infância da rua Sete ( foto ), onde realizaram uma confraternizaçao para resgatar os velhos tempos.

Estavam presentes, sensacionalmente, nada mais nada menos do que o piolho de bola Ariosto e sua esposa Regina, Neurajane, Arlenilde e Socorrinha; e, abaixo, estão a Renê e a Fátima.

Ariosto, gente boa, hoje, trabalha como corretor e mora no Cruzeiro em Brasília, gostava de jogar uma bolinha e de tirar umas taínhas no Parnaiba, mais precisamente no posto do professor Ribamar Leal.

Quando estudavam no Odorico, nos anos sessenta - conta Arlenildes -, ela e a Socorrinha, sua grande amiga de infância, trocavam figurinhas e comentavam sobre a merenda do dia que levavam para a escola.

Boas recordações, essas, que nos transportam para uma vida sublime, gostosa e maravilhosa que levávamos.

6/02/2007

CADEIA PUBLICA




ANTIGO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO NOS ANOS CINQUENTA E, HOJE, DELEGACIA GERAL DE FLORIANO NO ALTO DA PEDREIRA.


Floriano cresceu bastante por esses arredores. O novo prédio da Prefeitura e os seus contornos deram uma nova paisagem, mas ainda nos gratifica ver esse casarão da Delegacia.

Ainda está em tempo de fiscalizarmos, observarmos o que estão fazendo com o nosso patrimônio arquitetônico. É preciso construir uma rotina de preservação por parte da sociedade. Os investimentos precisam estar bem aplicados para a melhoria da limpeza da cidade, condicionar seu potencial turístico e desenvolver a cultura.

Precisamos, sempre, promover o bem estar da população.

6/01/2007

RIO PARNAIBA


Observando essa bela foto, uma ausência que me faz sentir saudades, a de uma canoa à vela dos tempos das Regatas de Julho, que os anos não trazem mais.

O nosso amigo Zé Rural, também, costumava andar por aí pescando em sua rotina incansável em busca de sua sobrevivência.

Era perigoso, mas corríamos o risco de atravessar esses lugares com bananeiras ou câmaras de ar rumo às coroas.

A expressão do cais do porto simboliza esses momentos de deleite, que fazemos questão de estar resgatando, para relembrar a poesia e as outras auroras da Princesa.

Foto: Agamenon Pedrosa

Ferroviário de Floriano

  Mais uma lacuna solucionada! Trata-se do Ferroviário Atlético Clube, que foi uma agremiação da cidade de Floriano (PI). O rubro-negro foi ...