4/04/2016

TORNEIOS DO CAMPO DOS ARTISTAS

 Por - Danúnzio Melo (1981)

ERAM, ainda, os idos dos saudosos anos sessenta. Como sempre tenho abordado, o Campo do Artista era o palco dos campeonatos amadores de Floriano, o qual tinha como pano de fundo um frondoso cajueiro, onde se agrupavam atletas, cartolas, enfim, todos aqueles que, de certa forma, ajudavam ou atrapalhavam os espetáculos futebolísticos.

Pois bem, chegara, então, o dia do torneio início daquela temporada, torneio esse que preambulava o campeonato de amadores. Campo do Artista - 1964.

Para a realização de tal evento, o Gusto, dono do time do Botafogo, e seu presidente, e também como membro da liga organizadora do campeonato, encomendara ao senhor Raimundo Beirão, renomado carpinteiro da cidade, as traves que seriam postadas no estádio.

Como combinado, tudo foi feito. Confeccionadas as traves, foram estas cuidadosamente fincadas nos extremos do campo, nos seus mínimos detalhes, como exigido nas regras do futebol.

O campo estava uma beleza e o dia maravilhoso para a prática do futebol, dado que até São Pedro mandara uma boa rajada de chuva par sedimentar o areão.

Dada a magnitude do evento, outro não poderia deixar de ser, o árbitro da partida, senão o famoso Vicente Xeba.

Tabela pronta, time equipados, disputariam a primeira partida o Santos de Pulu e o Botafogo de Gusto, sendo que todas as equipes, São Paulo de Carlos Sá, Caiçara, Flamengo de Tiberinho, Bangu do Bosque e outras, já encontravam-se equipadas e aquecidas para os embates.

Tudo bem, não fosse o incidente surgido naquela ocasião, em virtude de o dinheiro arrecadado pelo Gusto não ter sido suficiente para ocorrer como pagamento ao artífice Raimundo Beirão.

Ante esse fato, incontinenti, o seu Beirão, com a ajuda de seu auxiliar de serviços, arrancou as traves e levou-as de volta para a sua oficina, não obstante os apelos e as promessas de todos os que ali se encontravam de que a grana não demoraria.

Sem traves, restou aos cartolas a discussão sobre a realização, ou não, do torneio, muito embora soubessem que esta realização, em última instância, seria decidida pelo grande Xeba.

Assim sendo, dirigiram-se todos até o famoso rifiri, sendo que este, de dedo em riste, bradava:

“num quero nem saber; num quero choro; vai ter jogo; faz as trave de talo de coco; num precisa travessão; num precisa dizer que gol só vale rasteiro...”

Dito isso, apitando bem alto e forte, Vicente Xeba adentrou o campo, numa corrida cadenciada, em marcha a ré, concitando, com as mãos, alternadas, e cadenciadamente, a entrada dos alvinegros ao centro do belo areal.

4/03/2016

Cori vence de virada e faz o dever de casa no Estádio Tiberão

Público muito pequeno
Fonte: piauinoticias.com

A equipe do Cori-Sabbá  faz o dever de casa e vence a representação do Parnahyba Sport Clube por 2 x 1 de virada.  O jogo, pela segunda rodada do segundo turno do Campeonato Piauiense de Futebol, foi no Estádio Tiberão em Floriano-PI e teve apoio de cerca de 150 torcedores pagantes  para uma renda de R$  2.245,00.

Os gols do Cori foram marcados por Kleber e Luan e para os adversários parnahybanos que saíram na frente no placar,  marcou o Charles Tchenco logo no início da partida.

A pequena torcida corisabana que esteve no Estádio deu total apoio ao time florianense  e um grupo se organiza para acompanhar o time florianense a Picos no meio da semana, quando a representação florianense estará mais uma vez em campo.

4/02/2016

RETRATOS

Ferroviário 1964
FERROVIÁRIO ATLETICO CLUBE

Fundado pelos desportistas Antonio Cloves Ramos (carnavalesco) e Adauto, em 1º de maio de 1950, o melhor time de Floriano de todos os tempos, o Ferroviário Atlético Clube estreou com uma fantástica vitória sobre o famoso Artístico por dois tentos a um. Época romântica.

A equipe jogava, nessa fase, com Adauto, Aceno, Nascimento, Carlos Barbeiro, Helio Castro (médico) e Euvaldo Angeline; Nelson, Zé Alves, Assis Bonitinho, Abdon Barguil e Neném Mão de Vaca.

Já o Ferroviário seguinte, em nova gestão - 1951 tinha os piolhos de bola Zé Pulu, Ferré, Chico Mateus,Guilherme Magarefe, Hugo Leal (da rua do Fogo), Balaio, Zezinho, Omar, Adauto e Américo.

No final dos anos cinqüenta, outros jogadores foram contratados na administração do doutor Nazareno Araújo, tipo: Sadica, Colega, Cassaco, Pepedro, Valdomiro e Mário Besta Brava.

Disputava, mais tarde, em 1964, o campeonato estadual, com a seguinte formação: Piqui, Valdemir, Valdevino (vive, hoje, em Teresina), Pompéia (o melhor goleiro que já vi jogar com as suas belas voadas), Zezeca, Pepedro, Cabeção (treinava muito no campo do Odorico), Rômulo, Tassu, Bitonho, Antonio Luís Moreira Nunes (in memorian/estaria na seleção brasileira se jogasse hoje), Veludo, Vicentinho e Zequinha.

O Ferroviário disputaria, também, os torneios estaduais de 1965 a 1966.

Outros jogadores que fizeram história no Ferroviário: Parnaibano (locutor), Poncion (estilista), Galo Mago, Sinésio, João Maio, Maranhão, Nico, Magro, Grilo, Chapéu, Domício (este veio do América de Petrolina e tinha um chute fortíssimo de esquerda), Reginaldo, Elder, Sostenes, Netinho (quarto zagueiro), Valdivino, Domingos, Liro, Lino (este último foi o jogador mais caro que o Ferrim teve: ganhou uma geladeira movida a querosene, causando grande inveja entre os demais atletas, já que naquele tempo era raro quem possuía este eletrodoméstico).

Com relação aos seus diretores, tivemos Deusdete Pereira, Francisco Delmiro de Araújo (Nilton das Casas das Roupas), Merval Lúcio da Silva, Nazareno Araújo, Tibério Nunes e José Meireles (nome dado ao estádio do Ferrim).

Outros jogadores que se sobressaíram durante o período romântico: Adauto, Arsênio, Nelson Oliveira (goleiraço), Vilmar Oliveira (professor Vilmar/melhor atacante do Piauí), Fenelon Brasileiro, Balduíno, João Batista Mendes, Chico Pereira e Binda.

Durante os anos sessenta, o Ferroviário teve outras formações, como: Cajazeira (aposentado do BNB), Fortaleza, Sinésio, Raimundo Fumaça (de Campo Maior), Pepedro, Popó (aposentado da TELEPISA), Dodó, Antonio Ulisses (vulgo Pelado), Carlos Augusto, Zezeca e Valter Moleza.

Detalhe: um goleiro que marcou época no Ferroviário foi Netinho. Faleceu há alguns anos atrás aqui em Floriano.

Hoje, nos resta o apático Cori-Sabbá e o curioso Princesa do Sul. O que será de nosso futuro?

Quem viver verá!
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CRÉDITO DA FOTO - Valdevino, Sostenes, Zequinha, Pequi, Pompéia, ____, Júlio Silva (técnico) em pé; Carrinho, Cabeção, Lino, Vicentinho e Valdemiro, agachados.

FALECEU FENELON BRASILEIRO

Time do Comércio 1952
Faleceu, recentemente, o nosso amigo Fenelon Brasileiro. Era aposentado, trabalhou na Gráfica Kalume e, antigamente, foi desportista.

Foi dirigente do time do Comércio Esporte Clube (foto). Fenelon é o primeiro agachado da foto

Ao lado o time do Comércio Esporte Clube, em 1952, quando disputava uma jornada esportiva  na vizinha cidade de São João dos Patos.

O resultado daquele saudoso encontro, não deu outra, o time do Comércio venceu a partida por dois tentos a um.

Time do Comércio - 1950

Segundo o nosso amigo Fenelon Brasileiro, que trabalhava como cooedenador da equipe, à epoca, o Comércio viajou num caminhão, viagem difícil, mas cheia de resenhas e belas aventuras.

Na foto, podemos destacar e equipe da esquerca para a diretira, em pé, o goleiro Quincas, depois o lateral Tarquinho, os zagueiros Balduíno, Daniel Bicudo, Djalma Macedo e o lateral Rolé.

Agachados, o dirigente Feneleon Brasileiro (falecido recentemente), o ponteiro direito Adalto, os atacantes Colega, Defala Attem, Babaçu e baixinho Nilton Camarço.

O futebol da Princesa do Sul, naquela época, dava show de bola e havia companheirismo, dedicação e vontade sempre de vencer as adversidades que o esporte proporcionava àqueles guerreiros.

TIMES ANTIGOS DE FLORIANO

COMERCIO ESPORTE CLUBE
Comercio Esporte Clube

O time do Comércio Esporte Clube, era bem organizado e foi o sucessor do Internacional e América. Teve o provilégio de ser por algum tempo a única equipe a ter o seu próprio campo - o famoso Mário Bezerra.

O último campeonato que disputou foi no ano de 1967, sagrando-se campeao numa brilhante vitória sobre o tradicional Ferroviário em dezembro daquele ano.

Podemos citar como principais jogadores, os piolhos de bola Olindo Nunes, José Nunes, Bilego, Anésio Batista, Geraldo Martins, Nilton Camarço, Roló, Tarquínio, Bicudo, Fenelon, Adauto, Colega, Defala Attem, Kelé, Serrinha, Daniel, Antonio Augusto, (Tunico Babaçu), Ildefonso Ramos, Paulo Carnib, Joao Luiz (destes últimos o técnico era Sebastiao Silva), Balduino, Bruno dos Santos, Joao Batista Mendes, Djanlma Macedo, Joaquim Alencar Cunha, (quincas), Alfredo Nunes, Antonio Ulisses, Pepedro, Antonio José Carolho, Luizao Sansao, Nova York, Didi Nunes, Dos Santos, Raimundo Mendes, Washington (taxista) e Xico Pereira.

Época romantica do futebol florianense.

Fonte - Laboratório Sobral

Piauí vai receber R$ 24 milhões para combate aos efeitos da seca

Piauí vai receber R$ 24 milhões para combate aos efeitos da seca.(Imagem:Cidadeverde.com)
Combate à seca no Piauí

Fonte: cidadeverde.com

O Ministério da Integração Nacional vai destinar R$ 24 milhões para o combate aos efeitos da estiagem no Piauí. A informação foi repassada, nesta sexta-feira (01), pelo secretário estadual de Defesa Civil, Hélio Isaías.

De acordo com o secretário, o termo de compromisso para liberação dos recursos foi assinado pelo ministro Gilberto Occhi, em audiência com o governador Wellington Dias.


O montante deve ser usado pelo Governo, através da Secretaria de Estado da Defesa Civil, para complementar as ações no atendimento aos municípios piauienses que sofrem com os efeitos da seca.

O termo de compromisso estabelece que os recursos devem ser empregados na aquisição de adutoras emergenciais de engate rápido, na distribuição de água por meio de carro-pipa e na aquisição de dessalinizadores.

Para o secretário Hélio Isaias, a ajuda repassada pela União, através do Ministério da Integração Nacional, é resultado do trabalho que o Estado tem desempenhado para desenvolver ações de enfrentamento aos efeitos da seca e garantir condições para a convivência do homem do campo com o semiárido.

"A liberação desses recursos é uma grande contribuição para que possamos amenizar os danos provocados pela estiagem e garantir que todos os piauienses, sobretudo os do semiárido, que é região do Piauí historicamente mais afetada pela seca, tenham acesso a água potável. Isso garante melhoria na qualidade de vida",
ressaltou Hélio Isaías.

RETRATOS

SÓ PARA RELEMBRAR

Aí funcionou um dos primeiros
campos de futebol de Floriano
Que tal esta pelicula maravilhosa do Terminal Turistico, foto que desperta a saudade e o sensibilidade de quem gosta de Floriano.

Segundo algumas fontes, aí também foi um campo de futebol, onde se disputavam grandes jogos. Sao mais de cento e trinta anos de história que representa essa paisagem.

Ah, se pudessemos voltar no tempo!

4/01/2016

FUTEBOL FLORIANENSE

TIMES QUE JÁ EXISTIRAM
 
Floriano Esporte Clube
 
Teve como presidente o senhor Avelino Coelho Resende. 
 
Os jogos eram disputados na AREA, terreno onde hoje e o predio do acervo da famosa Maria Bonita na Beira Rio do Cais do Porto. 
 
Fonte: Laboratorio Sobral

A cada ano que passa a gente vai amadurecendo, diz César Crispim


Fonte: piauinoticias.com

jesus
Set 01


Uma semana após o espetáculo que reuniu milhares de famílias num dos maiores teatros a céu aberto do Nordeste, que fica no bairro Santa Rita em Floriano, ainda se observa os comentários das pessoas quanto ao evento que contou com atores e atrizes que se destacam no cenário nacional e local.


teatro
Set 02


Foram dois dias de apresentações, 25 e 26 (sexta e sábado),  e as presenças de grandes nomes como o Armando Babaioff, que representou Caifás, Ana Rosa que viveu Maria,  o ator Kayky Brito que fez o papel de Pilatos, o comunicador Nilson Ferreira, professora Fátima Marques, Ronie Costa, Neurene Gomes e muitos outros.

 Numa entrevista ao piauinoticias o diretor do espetáculo a Paixão de Cristo, o também ator César Crispim disse, “a cada ano que passa a gente vai amadurecendo, aprendendo mais coisas e começa a modificar as cenas, os textos e também é porque o público exige, pois vem todos os anos e quer ver novidade no espetáculo”.         
                                            
  NIlson Ferreira - Herodes

FLORIANO - NOME DE PRESIDENTE, PERFUME DE PRINCESA


Por – Antonio Melo Filho ( Professor de História da UFPI)
Floriano - P. do Sul

Floriano por ter sido uma cidade portuaria, interagiu diretamente com  economias européias entre elas a inglesa. Outras cidades não dispuseram deste dispositivo de aceleração da modernidade. No entanto, felizmente, a cidade não dispensou os seus traços culturais e atores (pessoas) que a cintilaram de um caldo cultural plural,  deslumbrante e desconcertante para aqueles que sabem viajar entre suas avenidas, ruelas e veredas. 

Um mundo de mundos de cores diferenciadas. Floriano Cidade porto guarda as marcas de um passado que a Socilogia e a Historia ainda precisam explorar: a mistura do rural e da cidade hipermoderna depositaria de uma  necessária BIODIVERSIDADE Social e Histórica. Estes traços de babel rebelde se por um lado a liberta, por outro lado pode a condenar - conflito natural dos olhares em permanente conflito. Uma cidade cidade desafiadora para narciso. Mas nicho encandecedor para os poetas e boêmios.

Floriano encontra-se num "entroncamento histórico cultural ocidental", privilégio de situar-se em momento ímpar da sua história como cidade portuária. As cidades portuárias por uma necessidade de sobrevivência são treinadas na negociação. Os negóciosc além do puramente comercial, seja, os negócios a nível das instituições "imaginárias constituídas". Moda, comportamentos, profissões, religiões têm o seu lugar físico e material: o prédio, o estatuto o lugar. No entanto, a modernidade e a moderna Floriano São enervadas de "instituições imaginarias"(Cornelius Castoriadis). A modernidade instituiu o imaginário como força representante das forças reais em conflito. O imaginário na modernidade tem poder de sobreposição ao Real.

Tradição e devoção: Floriano se prepara para a Procissão do Senhor Bom Jesus dos Passos

  Nesta sexta-feira, dia 22 de março, a cidade de Floriano se prepara para reviver uma antiga tradição religiosa: a Procissão do Senhor Bom ...